14 de março: Dia Nacional de Luta pelas 30 horas
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou movimento em todos os Estados da em prol da aprovação do PL 2295/00 A Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou movimento em todos os Estados da em prol da aprovação do PL 2295/00, que prevê jornada de trabalho máxima semanal de 30 horas para todas e todos os trabalhadores e trabalhadoras da saúde. Será o Dia Nacional de Luta pelas 30 horas, em 14 de março. A CUT tomou esta decisão considerando que a luta pela regulamentação da jornada de trabalho máxima semanal de 30 horas é uma bandeira histórica da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) e de seus sindicatos afiliados, e que o PL 2295/00 tramita há quase 14 anos. Além disso, a presidenta Dilma Rousseff, quando candidata à Presidência da República, comprometeu-se com esta pauta, tendo distribuído carta confirmando sua disposição em apoiá-la, mantendo esta disposição junto às diversas entidades de trabalhadoras e trabalhadores da saúde após eleita. O PL das 30 horas já foi pautado pelo então presidente da Câmara de Deputados, Marco Maia, mas ocorreram movimentos regimentais para que a matéria não fosse apreciada. Esta luta também é sua! 30 horas já!
Temer prefere atender a elite financeira a adotar medidas eficazer contra desemprego

A GRAVIDADE DA SITUAÇÃO financeira do Brasil se escancara com o latente desemprego do país. O governo poderia tomar medidas assertivas para mudar o quadro de forma mais rápida? Até poderia, mas não vai fazer. Essa foi a resposta de diversos especialistas consultados por The Intercept Brasil. São dois os motivos da inércia. O primeiro: políticas mais enfáticas iriam contra a ideologia neoliberal que atualmente impera, a famosa lógica de que “o mercado se autorregula”. O segundo, e principal motivo: porque isso não interessa à elite financeira. “É um novo discurso, é um novo governo…” …disse Henrique Meirelles, em junho de 2016, pouco depois de sua posse como ministro da Fazenda. Em reunião com empresários, ele afirmou que os investidores estavam voltando ao país. De fato, o dinheiro está entrando. O número de investidores cadastrados pelo Tesouro Nacional tem quebrado recordes desde o primeiro mês do governo Temer, chegando a quase 402 mil. A questão é para onde todo esse dinheiro — R$ 41,1 bilhões apenas em 2016 — está indo. Ao leitor desabituado às colunas econômicas, não se assuste ao perceber se este dinheiro não estiver: 1 _ Indo para sua conta corrente 2_ Fazendo a economia girar 3_ Produzindo empregos [Inclusive, em janeiro o IBGE divulgou um novo recorde de desempregados, agora são 12,3 milhões de pessoasdesocupadas no Brasil.] Por onde andam esses R$41bi? Seguindo a lógica da economia, aumento em investimentos deveria significar aumento em vagas de emprego, porque quem investe coloca seu dinheiro em empresas e em inovação, iniciativas que darão lucro. O problema no Brasil é que essa não tem sido a finalidade dos investimentos feitos, porque há uma questão simples de conceito econômico: eles não são investimentos, são aplicações. O economista Fábio Terra, professor da Universidade Federal de Uberlândia, explica: “Existe uma diferença entre investimento produtivo e investimento financeiro [mais conhecido como aplicação, como a de uma poupança]. Esse dinheiro simplesmente não vai parar no mundo real da economia. Ele pode ficar apenas na esfera financeira, na troca de mãos. O investidor vai tentar ganhar com a variação dos preços das dívidas e ações; ou com a valorização do câmbio; ou com o diferencial de juros, que no Brasil são muito altos.” Segundo o professor, existe um “sufocamento de crédito” para médias e microempresas, o que explica a persistente crise de desemprego no país. O interesse dos investidores está em financiar o governo por meio de títulos públicos, porque isso faz seu dinheiro render mais e com mais segurança. Se o dinheiro não chega para os pequenos e médios empresários, estes, por sua vez, não podem manter seus negócios e, por isso, não podem contratar. “Em grande medida, o que os atrai são os juros altos mantidos pelo Banco Central”, conta Terra. O que são os títulos públicos e o que eles têm a ver com o desemprego? Se, para o trabalhador assalariado, o termo “juros altos” significa contas mais caras para pagar, para quem investe significa mais dinheiro a receber. Os juros são a base de cálculo do rendimento dos títulos públicos. A Agência Brasil explica como os títulos funcionam: “A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.” [ênfase adicionado] A taxa Selic, um dos parâmetros de cálculo citados acima, é estipulada pelo Banco Central. Ela chegou a valer 14,15% ao ano em julho de 2015, durante a gestão Dilma, e lá permaneceu até outubro de 2016, já na gestão Temer. Hoje encontra-se em 12,90% ao ano. Isso coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking mundial de países que mais pagam juros reais (aqueles que descontam a inflação) aos seus credores. Quando o cálculo é em juros nominais, o país fica em terceiro lugar. O relatório assinado pela gestora Infinity Asset mostra que, dos 40 países ranqueados, apenas quatro mantêm juros nominais acima de 10%: Argentina, Venezuela, Brasil e Rússia. A média geral paga pelos bancos centrais aos seus investidores é 3,32%, e há 13 países que mantêm juros em zero ou abaixo de zero. É a longa tradição que o Brasil tem de pagar bem aos seus credores — atravessando governos petistas, tucanos e, agora, a gestão Temer — que levou os investidores reunidos em janeiro no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), a se mostrarem otimistas para investir no Brasil, mas não para contratar. O professor José Kobori, especialista em finanças no IBMEC, explica: “Quando você mantém a taxa de juros alta, atrai mais o investidor a financiar a dívida pública do que a investir em produção, que tem mais risco. As empresas teriam que oferecer, portanto, um retorno muito alto para valer a pena.” Segundo a professora Denise Gentil, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, manter a taxa de juros alta durante uma depressão econômica como a que o Brasil enfrenta é “a maneira mais violenta de um Banco Central agir”, porque o dinheiro pago a quem compra os títulos vem do governo e, por sua vez, o dinheiro do governo vem dos impostos: “Todo mundo sabe, quem paga os impostos nesse país são os assalariados. Então há uma transferência dos salários para os juros, ou seja, dos assalariados para os rentistas. E assim cresce a concentração de renda, porque os juros altos favorecem a elite financeira. É um Banco Central de costas para a coletividade, que está sempre subserviente ao mercado financeiro.” E quem é essa elite financeira? Quem são esses investidores de quem tanto se fala, mas pouco se sabe? “Os bancos são os maiores compradores de títulos do governo”, explica a professora Gentil. Em 2016, o lucro do Itaú Unibanco foi considerado “fraco”: R$ 22,2 bilhões. O maior banco privado do país também é a maior instituição financeira da América Latina. Para encontrar quem são os rostos por trás do banco, basta olhar a lista de bilionários brasileiros da revista Forbes. Ali estão a família Moreira Salles, hoje composta pelos filhos de Walther Moreira Salles, fundador do
A luta pelo Trabalho Decente como parte da história CUTista
No final da década de 1990, a OIT-Organização Internacional do Trabalho, preocupada com os processos de globalização da economia que trazem a flexibilização de direitos e precarização do trabalho, apresenta como contraponto o debate sobre globalização justa. Esta proposta tem como foco o combate a pobreza e a miséria em que populações inteiras foram submetidas – desemprego, emprego degradante, informalidade e falta de proteção social, fatores potencializados pelos processos de globalização. Para combater a desregulação das relações de trabalho é necessário que os países invistam em políticas públicas que garantam proteção social aos setores mais vulneráveis da sociedade e o direito ao emprego, tendo o trabalho decente como eixo central. Sua efetivação tem como base quatro pilares que o norteiam: 1) o respeito às normas da OIT, em especial as que tratam dos princípios e direitos fundamentais no trabalho, a exemplo da convenção nº 87 sobre liberdade de organização e direito a sindicalização 2) direito ao emprego de boa qualidade; 3) proteção social; 4) diálogo social, a exemplo da negociação coletiva no setor privado ? convenção nº 98; setor público ? convenção nº 151, garantia da responsabilidade compartilhada – convenção nº 156 e fim da demissão imotivada – convenção nº 158. O caminho para atingirmos este objetivo é longo e muitas vezes difícil. Para que avanços aconteçam é necessário a definição e implementação de políticas que tenham como base o respeito à representação dos trabalhadores, a garantia da negociação coletiva e a plena liberdade de organização, inclusive nos locais de trabalho. É urgente a criação de instrumentos que inibam e punam as práticas antissindicais, muito utilizadas por empregadores e governos contra as mobilizações sindicais. Por isso, a recente criação pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Conselho de Relações de Trabalho (CRT), proposta muito debatida no Fórum Nacional do Trabalho, pode ser um importante instrumento na negociação dos conflitos entre capital e trabalho, mas para isso é necessário definir claramente o seu papel e funcionamento. Vale salientar a importância do papel do Estado na regulação das relações de trabalho para garantir parâmetros de direitos mínimos para o conjunto da classe trabalhadora. Algumas questões devem ter um marco regulatório geral definido em Lei, caso da jornada de trabalho, da demissão imotivada, da contratação e negociação coletiva, do salário mínimo, da licença maternidade/paternidade e das condições gerais de trabalho, cabendo às negociações o importante papel de ampliar esses direitos. A luta pelo direito ao trabalho digno com emprego de qualidade no Brasil, não é uma luta recente e passa, necessariamente pela democratização das relações de trabalho com o fortalecimento do papel do Estado, das instituições e organizações sindicais fortes e participativas. Nesta direção importante passo foi dado pelo Governo Lula ao assinar compromisso junto a OIT pela implementação da Agenda Hemisférica de Trabalho Decente e a construção tripartite de uma Agenda Nacional (ANTD), lançada em maio desde ano e que deve ter prosseguimento nos Estados a partir do próximo ano de 2011. Todas as dimensões do trabalho decente compõem a agenda cotidiana da CUT e fazem parte de seus princípios fundantes. No contexto da crise internacional, trabalhadores e trabalhadoras organizadas por todo o planeta tem se mobilizado para garantir a manutenção de direitos e empregos que vem sendo solapados no último período, em especial na Europa, onde as greves e mobilizações tomaram corpo nestes últimos dias. A Confederação Sindical Internacional (CSI) e Confederação Sindical das Américas (CSA), a qual a CUT é filiada, tem desenvolvido ações no mundo todo para que os trabalhadores não paguem pela crise. Como parte destas ações a CSI realiza pelo terceiro ano consecutivo no dia 07 de outubro a III Jornada Mundial pelo Trabalho Decente. Importante momento de luta, integração e solidariedade entre trabalhadores de diferentes nações na promoção do trabalho decente. A III Jornada Mundial pelo Trabalho Decente traz como eixo, três exigências apontadas por trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo: 1. Garantia de crescimento com geração de postos de trabalho decentes, que são essenciais para superar a crise e por fim à pobreza. 2. Proporcionar serviços públicos de qualidade que são fundamentais para levar uma vida decente e não devem ser reduzidos em função de ?ajustes fiscais?. 3. Exigir que o setor financeiro pague pelo dano que tem causado ao trabalhadores(as), colocando-se a serviço da economia real e responda às necessidades humanas. A CUT participa da III Jornada Mundial deste dia 07 de outubro em conjunto com as demais centrais e convida a todos e todas a fazerem parte desta luta. A jornada será realizada na cidade de São Paulo e em diversas capitais do País. A garantia de trabalho digno com emprego de qualidade e políticas públicas que garantam a inclusão social faz parte da história da CUT por uma sociedade justa, democrática, com promoção da cidadania plena e estão contidas na Plataforma da CUT para as Eleições 2010 elementos norteadores da nossa ação pelo trabalho decente. *Escrito por Denise Motta Dau, secretária de Relações de Trabalho e Jacy Afonso, secretário de Organização e Política Sindical da CUT.
Os dois lados da proposta de Reforma da Previdência

DENTRE AS DIVERSAS nuances danosas que a reforma da Previdência apresenta ao trabalhador — como o achatamento dos benefícios e o cerceamento de aposentadorias — a definição de uma idade mínima de 65 anos é o ponto central da proposta, segundo o próprio Henrique Meirelles. Contudo, o ministro da Fazenda ignora as profundas desigualdades sociais e regionais que regem o país. Em 19 municípios brasileiros a expectativa de vida é de exatamente 65 anos, em outras 63 cidades, é de 66 anos. “As expectativas de vida são menores em locais mais pobres. As áreas menos favorecidas têm condições de vida e de saúde muito abaixo das ricas, devido às desigualdades do país”, afirma Isabel Marri, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos argumentos que o governo utiliza para justificar a PEC se baseia em outro conceito estatístico, diferente do de expectativa de vida: o de sobrevida. Ou seja, em quanto uma pessoa que já chegou a certa idade ainda deverá viver. Segundo a proposta, as pessoas que chegam aos 65 anos no Brasil têm, em média, mais 18,4 anos de vida. O problema, entretanto, é que esse cálculo dissolve diferenças entre gênero e local de origem. A situação fica explícita quando supomos uma comparação entre dois jovens de 20 anos de diferentes estados e gêneros. Por exemplo, uma mulher de Santa Catarina e um homem de Alagoas. Eles estão entrando agora no mercado de trabalho e, portanto, já sofreriam os efeitos da reforma da Previdência. Segundo as estimativas, ela deve viver 14 anos a mais. Dados do IBGE apontam que um jovem alagoano que tem 20 anos em 2016 viverá aproximadamente 69 anos. O estado tem o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. É uma vida inteira de trabalho para desfrutar de quatro anos de descanso. “O problema é que o governo se baseia em uma realidade que não é a do total do país.” “[65 anos] É uma idade alta considerando a realidade brasileira. Isso causa ou reforça a desigualdade”, diz a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Jane Berwanger. Para ela, a fórmula ideal deve mesclar tempo de contribuição e idade, como a fórmula 85/95, pois assim as variações de idade entre os trabalhadores são acentuadas. Com o segundo menor IDH do Brasil, o Maranhão é outro estado com projeções desanimadoras. Por lá, os jovens de 20 anos também devem viver, em média, até os 69. “O problema é que o governo se baseia em uma realidade que não é a do total do país. Dois terços do volume das aposentadorias são de salário mínimo, não são para milionários. E agora você faz essas pessoas trabalharem até o limite da capacidade. Um trabalhador braçal, que mora em um lugar com estrutura de saúde menor, dificilmente vai conseguir chegar aos 65 trabalhando”, afirma Berwanger. Tanto no Maranhão, como em Alagoas, 60% das pessoas que morreram em 2014 não chegaram aos 70 anos, segundo os últimos dados disponíveis no Datasus. Com regras tão rígidas e a obrigatoriedade da idade mínima em 65 anos, o governo força o trabalhador a procurar meios privados para conseguir se retirar do mercado. “Seguramente [os trabalhadores] terão de buscar formas de complementação da aposentadoria para conseguirem se aposentar”, diz Jorge Cavalcanti, professor de direito privado e direito trabalhista na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas. O outro lado da moeda É por isso que o simples anúncio da reforma, com a entrada de Henrique Meirelles no governo, em maio, já fez o setor de previdência privada estourar a champanhe — e as metas anuais. De janeiro a outubro, as captações de clientes subiram 21,2%, um aumento de R$ 42,93 bilhões comparado aos primeiros dez meses do ano passado. No início do ano, antes de a reforma entrar em pauta, a previsão era de estagnação ou baixa. No primeiro trimestre, o setor registrou queda de 13% na captação de novos segurados. Mesmo assim, não se pôde reclamar. Os investimentos bateram R$ 21,5 bilhões no período, sendo os planos individuais os que mais cresceram em renda. Mas foi em outubro que a festa começou. A captação foi 57% acima da registrada no mesmo mês em 2015, acumulando R$8,8 bilhões. Desses, R$ 150,94 milhões foram investidos em planos para menores de idade, uma evidência clara de que a elite econômica já está criando estratégias de manter a qualidade de vida de seus filhos. O último levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) indica que, entre janeiro e outubro, os novos recursos captados somam R$ 42,9 bilhões. Isso porque 2015 já havia sido um ano em que os recordes de captação foram batidos. É uma pena que o secretário responsável pela coordenação da reforma, Marcelo Abi-Ramia Caetano, não tenha conseguido espaço em sua agenda para dialogar com as centrais sindicais, foram apenas dois encontros este ano. Caetano foi indicado para a pasta em maio, uma escolha pessoal do ministro Henrique Meirelles (Fazenda). Já com representantes de bancos e empresas de fundos privados — como JP Morgan, Santander, Itaú e XP investimentos —, conseguiu agendar cerca de 30 reuniões. De acordo com Vilson Antonio Romero, presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais e da Receita Federal do Brasil (Anfip), “o principal diapasão dessa reforma” é a busca por maiores investimentos em previdência privada. “Com certeza deve ter havido uma pressão muito grande com objetivo de que esse mercado abocanhe uma parcela maior da previdência”, afirma o auditor. “Não deu nem para disfarçar”, critica a professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Gentil. “O secretário manteve encontros com as direções de bancos no meio do processo de desenho da reforma. Você olha a agenda do ministro e as declarações que os próprios bancos dão, como o anúncio de ampliação das carteiras… E a gente sabe muito bem que corre dinheiro no cenário das votações, o poder dos lobbies dentro do Congresso. O setor financeiro não se interessa pela reforma apenas para aumentar suas carteiras. Há grande interesse de maneira indireta, porque a compressão dos gastos com a previdência permite a
Seminário marca compromisso do Sistema Conselhos com as questões sociais e reafirma a importância da interlocução entre as entidades da Psicologia
O Seminário “A Psicologia na Construção de Novos Possíveis” confirmou o compromisso do Sistema Conselhos de Psicologia (que reúne os conselhos Federal e os Regionais) às demandas sociais, à Fenapsi e a seus sindicatos de base e também a outras instituições, do Brasil e da América Latina, de grande importância para o engajamento social da profissão, como a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (Abep) e a União Latino-americana de Entidades de Psicologia (Ulapsi). Para a Fenapsi, que participou do evento, o encontro também reafirmou a importância da interlocução entre as entidades da Psicologia e com atores que não são da profissão, mas lutam por pautas em comum. Organizado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), o evento também registrou a primeira apresentação pública da nova gestão do CFP. Ela ficará à frente da autarquia até 2019. O seminário aconteceu em Brasília, no dia 21 de janeiro. A Fenapsi marcou presença, sendo representada por sua presidenta, Fernanda Lou Sans Magano, e por sua vice-presidenta, Shirlene Queiroz de Lima. “Entendemos como positiva a reaproximação do CFP com a Fenapsi e, consequentemente, com os nossos sindicatos de base, pois mais próximos poderemos travar lutas necessárias em favor da Psicologia, dos direitos humanos, do compromisso social da nossa profissão, sobretudo diante dessa conjuntura política retrógrada, autoritária e adversa que aí está posta e que precisa ser enfrentada”, afirma a presidenta da Fenapsi. Ela vê como positiva a refiliação do Conselho Federal à Ulapsi e a reaproximação do CFP com a Abep. Confira neste link mais informações sobre o evento.
Comunicado sobre Fator de Qualidade da ANS
Prestadores de serviços de planos de saúde devem responder a questionário para a certificação até 8 de março O Conselho Federal de Psicologia (CFP) disponibiliza em seu site, até oito de março de 2017, os questionários para profissionais de saúde e clínicas que atuam em saúde suplementar e desejam obter certificação do Fator de Qualidade (FQ). Criado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), o Fator de Qualidade é um modelo de remuneração de serviços utilizado para reajustar contratos entre operadoras e prestadores, quando há previsão de livre negociação entre as partes e quando não há acordo nos primeiros 90 dias do ano. Nesses casos, será usado como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ao qual será aplicado o Fator de Qualidade, que possui três níveis para aplicação de reajustes: (A) 105%, (B) 100% e (C) 85%. Para clínicas e consultórios, uma das exigências, por exemplo, é a titulação dos profissionais de saúde que atuam nas clínicas e consultórios isolados. No caso específico das clínicas, para que tenham o nível A (105% do IPCA de reajuste), o critério será a proporção de 50% ou mais de profissionais de saúde com uma das seguintes titulações: residência multiprofissional em saúde, título de especialista/pós-graduação latu senso ou stricto senso. Para obter 100%, os serviços deverão responder ao questionário que ajudará a traçar perfil do prestador e da qualidade assistencial. Já no caso dos profissionais, terão 105% de reajuste quem comprovar uma das titulações (residência, título de especialista, pós-graduação latu senso ou stricto senso), responder ao questionário e assistir a um vídeo sobre qualidade em saúde, que trata da introdução ao tema “cuidado centrado na pessoa”. Caso o profissional não possua a titulação exigida para obter o percentual máximo de 105% do IPCA de reajuste, poderá obter 100% respondendo ao questionário e assistindo ao vídeo. Tanto clínicas quanto profissionais que não atendam a nenhuma das exigências da ANS estarão sujeitos ao reajuste de 85% do IPCA. A Agência sugere que mesmo os prestadores que não se enquadram no FQ preencham o formulário, pois ele servirá também de base para a realização de uma pesquisa sobre os prestadores de serviços na saúde suplementar, fornecendo subsídios para a elaboração de programas e políticas para o setor, em particular o Qualiss – Programa de Qualificação dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar. Acesse os questionários nos links abaixo:Clique aqui para responder questionário para profissionais.Clique aqui para responder questionário para clínicas. Saiba mais clicando nos links abaixo:Nota Técnica n.º 45/2016Lei nº 13.003Resolução Normativa 364/2014Instrução Normativa 61/2015Portal ANS Fonte: CFP.
Fenapsi convoca a categoria a votar contra a retirada da Psicologia do setor de RH
A Fenapsi convoca a categoria para entrar na luta contra o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 439/2015, VOTANDO CONTRA A PROPOSTA, na consulta pública na página do Senado Federal. O PLS 439/15 dispõe sobre o exercício de atividades nos campos da Administração. Só que ao tratar das atividades do administrador, o texto PLS traz sérios comprometimentos a atuação multiprofissional na área de Gestão de Pessoas (Recursos Humanos – RH). O projeto trata como exclusivas das/os profissionais formadas/os em Administração, as seguintes atividades: II – magistério em conteúdos de formação profissional do campo da administração e da gestão das organizações;IV – elaboração e gestão de planos de cargos, carreiras e salários;V – elaboração e gestão de folhas de pagamento, registros e lançamentos de efetividade de pessoal das empresas e organizações em geral;VII – elaboração e gestão de pesquisa salarial, descrição e avaliação de cargos e pesquisa organizacional;X – avaliação de desempenho de pessoas e consultoria em organizações;XI – elaboração de planejamento estratégico, planos de negócios, planos orçamentários e planos de reposicionamento das organizações. Portanto a Fenapsi convoca as psicólogas e os psicólogos de todas as áreas a contribuírem nesta luta. “Profissionais, acessem a consulta pública e VOTEM CONTRA O PLS 439/2015. A multidisciplinaridade está presente e é fundamental para a área de RH. É um campo de atuação da psicóloga e do psicólogo, e a Psicologia tem muito a contribuir nessa área. Acesse a consulta e diga não ao projeto”, convoca a direção da Fenapsi. Clique aqui e acesse a consulta e diga não ao PLS.
MATRAGA, PRESENTE! Assassinato brutal do professor Marcus Vinícius completa um ano
MATRAGA, PRESENTE! Assassinato brutal de Marcus Vinícius completa um ano hoje! A Psicologia nunca mais foi a mesma! Ganhou um modo de olhar, de notar, de se interessar pelos sujeitos como sujeitos de direitos. Avançou para o trabalho nas políticas públicas. Assumiu um novo compromisso com a sociedade brasileira. Psicologia e direitos humanos se amalgamaram, e Marcus Vinicius teve muito a ver com isto. Mas em 04 de fevereiro de 2016, Marcus foi brutalmente assassinado, vítima de uma emboscada no local que havia escolhido para conjugar descanso e produção de novas iniciativas para a Psicologia. Durante uma audiência pública no Senado Federal, no Dia Internacional dos Direitos Humanos, em dezembro, ocorreu uma homenagem ao legado de lutas do psicólogo. A deputada Érika Kokay (PT-DF) anunciou o envio de cartas às comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e do Senado exigindo a apuração de seu assassinato. Agora, continuamos acompanhando e exigindo de perto que seu assassinato seja definitivamente apurado e solucionado. Chega de impunidade! #MemorialMatragaDurante o I Simpósio Psicologia e Compromisso Social será inaugurado o Memorial Matraga, que reunirá vídeos, textos, fotos e áudios de entrevistas com ele. O material em áudio de Matraga está passando por transcrição textual, o que facilitará o acesso para pesquisa, estudo e traduções. —Fonte do texto e da imagem: organização do I Simpósio Nacional Psicologia e Compromisso Social
Nota de pesar pelo falecimento da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia
A Fenapsi vem, por meio desta nota, manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento de Dona Marisa Letícia Lula da Silva, ex-primeira-dama do Brasil e esposa do ex-presidente Lula. A Federação se solidariza com toda sua família, amigas/os e a todos que respeitam e reconhecem a importância de Dona Marisa, militante das causas sociais e com história de vida semelhante a de diversas mulheres de fibra e de luta do País. A Fenapsi também repudia as manifestações de ódio, sobretudo em comentários de sites e redes sociais na Internet, nas quais pessoas chegam a se alegrar por conta de sua morte. Dona Marisa começou a trabalhar bem cedo, ainda criança, como babá. Aos 13 anos, foi operária em uma fábrica de chocolates. E depois atuou no Departamento de Educação da Prefeitura de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Ela estava casada com o ex-presidente Lula havia 43 anos. E deixa quatro filhos. Marisa faleceu nesta quinta-feira, 02 de fevereiro de 2017, em São Paulo, aos 66 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Dona Marisa Letícia, presente!(07/04/1950 a 02/02/2017) Federação Nacional das/os Psicólogas/osVitória, 2 de fevereiro de 2017 Foto: Empresa Brasil de Comunicação.
Presidenta da Fenapsi Fernanda Magano participa do Fórum Social das Resistências
Pelo menos três mil pessoas participaram da marcha de abertura do Fórum, que aconteceu no Centro de Porto Alegre A presidenta da Fenapsi, Fernanda Magano, participou do primeiro dia de atividades do Fórum Social das Resistências nessa terça-feira, 17, em Porto Alegre. O evento tem como tema “Democracia e Direitos”. Na quarta-feira, 18, Fernanda Magano concedeu uma entrevista ao vivo à Radio Brasil Atual sobre as temáticas discutidas no evento. “Dada a conjuntura atual e a situação que estamos enfrentando, em que há toda uma desregulamentação do papel do estado e também um desmonte das políticas públicas, esse ano o evento foi denominado como Fórum Social das Resistências. O objetivo é construir uma unidade no campo democrático popular”, ressaltou. Clique aqui e ouça a entrevista completa. Pelo menos três mil pessoas participaram da marcha de abertura do fórum, que aconteceu no Centro de Porto Alegre. Os manifestantes seguiram pela avenida Borges de Medeiros em direção ao largo Zumbi dos Palmares. A marchaO presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Claudir Nespolo, disse que os movimentos sociais estão lutando contra o golpe e contra os ataques aos trabalhadores como é o caso da Reforma Trabalhista e da Previdência Social. O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, afirmou que o país vive uma grande ofensiva neoliberal promovida pelo governo de Michel Temer, pelo Congresso Nacional e pelos sindicatos patronais que tem como objetivo acabar com os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores. “Eles querem que os trabalhadores paguem pela crise. A culpa não é e nossa”. Para o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social no governo da presidenta Dilma Rousseff, Miguel Rossetto, a caminhada foi um momento de reafirmar a resistência democrática e o respeito aos direitos sociais. Conforme Rossetto, no Brasil, é fundamental derrotar o golpe, recuperar a democracia e o respeito ao voto popular. “É preciso convocar novas eleições e rediscutir o país”. O ex-ministro afirmou que é preciso resistir ao governo de Michel Temer e seus aliados que buscam desmanchar os direitos sociais.