FENAPSI

Para 74% da população brasileira, homossexualidade deve ser aceita por todos

Desdobramento da pesquisa Datafolha que indica a inclinação ideológica da população brasileira aponta que a aceitação aos homossexuais está crescendo no Brasil O dado aparece em desdobramento da pesquisa Datafolha sobre o perfil ideológico da população brasileira Desdobramento da pesquisa Datafolha que indica a inclinação ideológica da população brasileira aponta que a aceitação aos homossexuais está crescendo no Brasil. O levantamento divulgado nesta segunda-feira (3) aponta que 74% dos brasileiros consideram que a homossexualidade “deve ser aceita por toda a sociedade”. Em 2014, quando foi feita a última pesquisa, eram 64%. Atualmente, 19% dos brasileiros dizem que a homossexualidade “deve ser desencorajada por toda a sociedade”. Há três anos, eram 27%. O Datafolha entrevistou 2.771 pessoas de 21 a 23 de junho. Fonte: SinPsi

30 de junho é dia de Greve Geral: vamos parar mais um vez o País contra as propostas de reformas do governo ilegítimo

Fenapsi convoca a categoria a fortalecer mais este ato nacional de enfrentamento do governo fragilizado, ilegítimo e neoliberal de Michel Temer É chegada a hora de mais um momento de luta da classe trabalhadora brasileira. Nesta sexta-feira, 30 de junho, as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros vão promover mais um momento de enfrentamento do governo ilegítimo, fragilizado e corrupto de Michel (FORA) Temer. A Fenapsi convoca as psicólogas e os psicólogos de todos os estados a fortalecerem os atos em seus municípios para fortalecer a luta contra as propostas de reformas trabalhista e da Previdência, além de outros projetos nefastos, como o da terceirização sem limites, que o procurador-geral da República já apontou que é inconstitucional. Vale lembrar que na calada da noite da quarta-feira, 28, a Comissão de Constiuição e Justiça do Senado aprovou o texto da reforma trabalhista do relator Romero Jucá (PMDB-RR). Tal projeto é o mesmo que foi aprovado pela Câmara dos Deputados. E, caso aprovado pelo plenário, vai ser sancionado por Temer e vai trazer graves prejuízos à classe trabalhadora, precarizando as relações trabalhistas e retirando direitos conquistados historicamente por conta de muita luta feita por sindicatos e pelo povo operário ao longo dos anos. Contudo, o governo Temer está fragilizado, governa já sem o apoio que tinha quando do golpe jurídico e político de 2016. Sua fragilidade ocorre em função das denúncias (da Procuradoria Geral da República) de corrupção passiva (que chegou à Câmara nesta quinta, 29), obstrução da Justiça e organização criminosa, que também serão encaminhadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Casa de leis. Em meio às denúncias, Temer tenta se mostrar forte e tenta trabalhar para aprovar as reformas da Previdência e trabalhista. Porém, o cenário político, diante de sua fragilidade, já o é adverso. Vale ressaltar que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, inclusive acionou o STF contra a terceirização sancionada por Temer, em março, por considerar inconstitucional que as atividades fins sejam terceirizadas. Isso mostra o enfraquecimento político do governo ilegítimo. E tal enfraquecimento será ainda maior no que depender da força da classe trabalhadora em mais um momento de luta em favor do Brasil, dos direitos trabalhistas e previdenciários. #ForaTemer! #ÉGREVEGERAL

28 de junho é Dia Internacional do Orgulho LGBTI

Confira artigo do secretário-geral da Fenapsi, Cesar Fernandes, sobre a importância da data “Fenapsi reivindica a luta pela diversidade sexual e de gênero e reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos humanos e da classe trabalhadora” Hoje é 28 de Junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTI. Há quase 50 anos, as ruas em frente ao bar “Stonewall Inn” (Nova Iorque) foram ocupadas por pessoas LGBTI que reivindicavam seus direitos contra a violência policial. Protagonizada por mulheres trans negras e latinas em situação de rua, além de gays, lésbicas e bissexuais de várias idades e estratos sociais, a conhecida “Revolta de Stonewall” marcou a luta do movimento LGBTI mundial apontando que a saída para condições mais dignas de existência estavam diretamente ligadas com a luta na rua. Dali em diante, todos os anos LGBTIs se reúnem em junho pra mostrar orgulho e mobilizar por direitos. Esta é uma das lições de Stonewall que inspiram nossas mobilizações até hoje. Neste 28 de junho, nós, LGBTIs, reocupamos as ruas para reivindicar melhores condições de trabalho, acesso à saúde, segurança pública, assistência, cultura, moradia e tantos outros direitos sociais. É nas ruas que reagimos contra as reformas autoritárias e precarizantes do governo golpista de Michel Temer. E como nas mobilizações de 28 de Junho de 1969, hoje também lutamos contra o conservadorismo, a violência institucional e a LGBTIfobia. A Federação Nacional dos Psicólogos reivindica a luta pela diversidade sexual e de gênero e reafirma seu compromisso com a defesa das pautas progressistas e comprometidas com os direitos humanos e com a classe trabalhadora. Não apenas neste dia de luta, mas em todos os outros, seguimos na construção de uma Psicologia que se sirva à emancipação e à dignidade humana. Neste sentido, nos posicionamos em defesa da Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia e defendemos uma prática profissional livre de preconceitos e opressão! Não há cura pra quem não está doente. Temos orgulho de sermos quem somos! Por Cesar Fernandes (CRP 08/16715), psicólogo, gay e secretário-geral da Federação Nacional dos Psicólogos.

Assembleia define criação de Sindicato das/os Psicólogas/os do Amazonas no dia 1º de julho

Erá na Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), a partir das 8h30 Está tudo pronto para a criação de mais uma entidade de luta da Psicologia. No dia 1º de julho de 2017 (sábado) será realizada a assembleia de criação do Sindicato das Psicólogas/os do Amazonas.A reunião será na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), na Ufam, em Manaus, com primeira convocação às 8h30 e, segunda convocação, a partir das 9 horas. A assembleia é aberta a toda a categoria profissional do Estado.A pauta será:Fundação do Sindicato;Leitura e aprovação do Estatuto social;Eleição e posse da diretoria e seus suplentes e do conselho fiscal e seus suplentes.“Todas/os as psicólogas e os psicólogos do Amazonas devem participar, pois para avançarmos na conquista dos nossos direitos precisamos da soma dos nossos esforços”, salienta a diretoria da Fenapsi.

Oposição derrota governo, e reforma trabalhista empaca no Senado

Foram 10 votos contrários e nove favoráveis a relatório na Comissão de Assuntos Sociais. Parlamentares comemoram aos gritos de “Fora Temer”. Colegiado aprovou voto em separado de Paim, que vai à CCJ Oposição comemora derrota governista e aprovação de voto de Paim São Paulo – De forma surpreendente, o relatório do projeto de “reforma” trabalhista (PLC 38) foi rejeitado no início da da tarde de hoje (20) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Foram 10 votos contrários e nove favoráveis ao parecer de Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A oposição comemorou com gritos de “Fora Temer”. O resultado contraria os planos do governo, que contava com a aprovação hoje e, na sequência, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) – o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), previa que o texto estaria pronto para ir a plenário a partir do próximo dia 28. Logo depois da rejeição inesperada, foi aprovado simbolicamente o voto em separado de Paulo Paim (PT-RS), contrário ao projeto do governo. Durante toda a sessão da CAS, o parlamentar gaúcho apelou para um entendimento em outras bases, criticando o “desespero” de aprovar um texto sem qualquer emenda. É o parecer de Paim, e não mais o de Ferraço, que seguirá para a CCJ, onde o próprio Jucá será o relator e deve apresentar parecer favorável ao texto original da Câmara. “Qualquer pessoa séria, ao ler aquele projeto, acha aquilo inaceitável. Vamos pegar os votos em separado, os quatro da oposição e o (texto) do relator, vamos sentar e ver o que é possível construir. É possível construir um grande entendimento, aí o projeto volta para a Câmara e ela ratifica ou não. Isso é bom senso, o razoável, ninguém está dizendo que não é para fazer reforma nenhuma, nós tiraríamos todos os absurdos”, afirmou Paim. Mais uma vez, Ferraço ignorou mais de 200 emendas, número próximo ao da Comissão de Assuntos Econômicos (onde seu relatório foi aprovado por 14 a 11), e manteve na íntegra o texto aprovado na Câmara, ainda como PL 6.787. Fez apenas “recomendações” de vetos presidenciais, no que ele chama de “acordo institucional”, mas que muitos de seus pares têm desconfiança quanto ao cumprimento. Sindicalistas e parlamentares tentam negociar com o governo a edição de uma medida provisória com pontos específicos. Ferraço insistiu no discurso de que o projeto corrige “distorções estruturais” do mercado de trabalho e ajudará incorporar excluídos. “O que está por trás desse projeto é a redução do custo do trabalho”, contestou o líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ). “A economia não vai reagir com essas medidas.” Para Humberto Costa (PT-PE), o Estado deve ter um papel de equilíbrio nas relações trabalhistas, “e esse projeto tende totalmente para o empresariado”. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que se tratava de uma proposta defendida por um presidente da República “prestes a ser denunciado”, referindo-se a Michel Temer. “Em qualquer democracia chinfrim, o governo já teria caído.” “Nós vamos recuperar o país”, disse Romero Jucá, minutos antes da votação. “A motivação aqui é derrubar o governo”, acrescentou. Confiante na aprovação na CAS e na CCJ, ele chegou a dizer que o PLC 38 estaria no dia 28 com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que ele pusesse em pauta quando achasse melhor. Na semana passada, quatro senadores da oposição apresentaram votos em separado: Paim, Randolfe, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lídice de Mata (PSB-BA). Eles protestaram contra o fato de, ao não incluir nenhum emenda, o Senado abriu mão do papel de Casa revisora. “Não pode vir um projeto que altera a CLT em 117 artigos aqui para a Casa e a gente só carimbar, sabendo que a Câmara cometeu absurdos”, criticou Paim. Fonte: Rede Brasil Atual

“Hora Psi” vai falar sobre suicídio nesta quarta-feira, 21

Começa ao meio-dia, na Rádio Mundo Brasil. Veja como ouvir. E saiba como contribuir e participar    A partir do meio-dia desta quarta-feira, 21, a categoria pode sintonizar a Rádio Mundo Brasil para ouvir mais uma edição do “Hora Psi”, que vai abordar a seguinte temática – “Suicídio: falar é preciso”.  Com apresentação da presidente da Fenapsi, Shirlene Queiroz, o “Hora Psi” é um bloco de 30 minutos dentro do programa Dia a Dia. Para ouvir, é só clicar no link: http://radiomundobrasil.com.br/ “Convocamos a categoria em ouvir o Hora Psi desta quarta-feira, 21, que será sobre uma temática delicada que precisa ser debatida de forma responsável: o suicídio. Convocamos as entidades filiadas a participarem e contribuírem com mais esse debate que vamos promover, discutindo a importante atuação da Psicologia nessa área”, convoca a presidente da Fenapsi.  Encaminhe sua pergunta! Adicione o celular da Rádio Mundo Brasil (55-11-94798-6649) no seu Whatsapp e envie sua pergunta, dúvida ou mesmo informe sobre o seu conhecimento ou sua atuação nessa área. 

Redução de danos é a melhor opção para diminuir abuso de drogas, dizem profissionais

Política defende apoio psicológico para entender motivos do vício Essa ‘guerra às drogas’, combate os usuários e não as drogas”, diz psicóloga / Tânia Rêgo / Agência Brasil É só pensar em uma escola, quando a instituição quebra o paradigma de que o profissional sabe tudo e o aluno não sabe de nada. O aluno sabe metade, assim como o professor. Esse é um dos fundamentos da Redução de Danos”, relaciona Domiciano Siqueira, um dos fundadores da Associação Brasileira de Redução de Danos (Aborda), para exemplificar o que significa a política para os usuários de drogas. Criada no final dos anos 1980, a fim de diminuir a transmissão da Hepatite e do vírus da AIDS, a iniciativa é uma estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para minimizar os prejuízos na vida das pessoas que não conseguem deixar o vício de drogas, lícitas ou ilícitas. São várias as ações para tal: distribuir seringas para evitar doenças, conversar sobre os riscos de se consumir determinada substância, escutar a experiência individual de cada um, oferecer apoio psicológico, entre outras. A ideia é que, a partir do suporte do Estado, o usuário compreenda o porquê de seu uso, sua autonomia e a diferença entre a utilização e o abuso de entorpecentes, para que decida se deve parar com o consumo ou adequá-lo às suas atividades cotidianas, sem machucar a si mesmo ou aos seus familiares. Diversos fatores “Não é retirando alguém da droga à força que acabaremos com o vício. A lógica de proibição, essa ‘guerra às drogas’, combate os usuários e não as drogas. É uma higienização que retira quem usa de um lugar onde a presença dele incomoda, mas que não lida com o problema diretamente”, analisa a psicóloga Laísa Silva, da Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais, instituição que trabalha em defesa dos Direitos Humanos. Quem reafirma a opinião é a também psicóloga Valéria Pacheco, que atua com a Redução de Danos na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Para a profissional, atitudes como a do prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), na Cracolândia, ignoram os motivos que levaram as pessoas até o vício, como o racismo, a opressão de gênero, o abuso sexual e a desigualdade. “São fatores da subjetividade de cada pessoa, numa sociedade na qual os direitos humanos são desrespeitados, que não democratiza o acesso à saúde física e mental”, diz. Legalização Além disso, Vanessa esclarece que a Redução de Danos tem o objetivo da legalização das drogas. “Historicamente, a humanidade utilizou substâncias que produzem algum tipo de alteração do humor. A partir da regulação, de acordo com a terapeuta, é possível falar sobre as drogas em escolas, discutir sob o ponto de vista jurídico e cobrar políticas públicas de assistência. Tratamento humanizado em BH A capital mineira é, desde a década de 1990, uma das referências em tratamentos que utilizam a Redução de Danos. A política é desenvolvida em Centros de Atenção Psicosocial e em Centros de Referência da Saúde Mental. A lista completa das instituições pode ser encontrada no site do Observatório Mineiro de Informações sobre Drogas. Fonte: Brasil de Fato

Paulo Vannuchi: ‘Guerra às drogas acabou, e as drogas venceram’

Ex-ministro afirma que ações de repressão promovidas pela gestão Doria na Cracolândia não são a solução Vannuchi repete frase de Drauzio Varella: ‘Cracolândia não é a causa, é consequência da miséria’ São Paulo – “A guerra às drogas acabou, e as drogas venceram”, afirma o ex-ministro e membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) Paulo Vannuchi, ao analisar as ações repressivas da gestão Doria na área conhecida como Cracolândia, na região central da capital paulista. Em comentário na Rádio Brasil Atual, Vannuchi cita dois exemplos de fracasso na batalha contra as drogas ilícitas. Quando fez parte do governo Lula à frente da pasta dos Direitos Humanos, recebeu um representante do governo colombiano que apontou o fortalecimento do narcotráfico como resultado da estratégia da “guerra às drogas”. Outra questão levantada por Vannuchi é a proibição de álcool, na década de 1920, nos Estados Unidos. “A família Kennedy enriqueceu muito com o mercado ilegal. A proibição não é a solução.” Ele também afirma que a política adotada pelo prefeito tucano em relação aos usuários não é a solução. “O doutor Drauzio Varella fala que a Cracolândia não é causa, é consequência de uma sociedade pobre. O higienismo é para tirar da vista e enfiá-los em buracos, para quem andar na cidade e não quiser ver a cena desagradável.” “Você não pode prender o sujeito, mesmo se ele não quiser deixar a droga. Tem que agir com política de redução de danos, igual foi feito na Europa”, acrescenta Vannuchi, citando como exemplo Portugal, que deixou de analisar a questão das drogas como caso de segurança pública e passou a tratar o assunto como problema de saúde. O ex-ministro diz que o uso das drogas é antigo e relatado mesmo na Bíblia cristã. “As drogas são consumidas milenarmente, associadas até a rituais religiosos e são usadas porque dão prazer, animação para uma pessoa deprimida”, comenta. “A Bíblia fala que o Noé teve um porre de vinho. Álcool não é droga? Ela também mata. O cigarro e o café também podem matar, igual às outras ilegais.” Clique aqui e ouça. Fonte: Rede Brasil Atual

Em planejamento, direção da Fenapsi traça ações políticas contra a precarização do trabalho da categoria

Federação realizou o planejamento estratégico da atual gestão em São Paulo  Planejamento aconteceu no Sindicato das/os Psicólogas/os de São Paulo, e a Federação conta com as entidades de base para colaborar na luta em favor da categoria profissional e da Psicologia brasileira  Muito enfrentamento da retirada de direitos trabalhistas, sociais e previdenciários e muito empenho em favor das psicólogas e dos psicólogos brasileiras/os na luta contra a precarização do trabalho e por condições melhores e dignas em todos os campos de atuação. Essas são algumas das diretrizes da gestão União, Resistência e Luta, que foram apontadas no planejamento estratégico da direção da Federação, levando-se em consideração o plano de lutas aprovado no Congresso Extraordinário da Fenapsi. O planejamento aconteceu nos dias 5, 6 e 7 de maio, na sede do Sindicato das/os Psicólogas/os de São Paulo, na capital paulista. A direção (2017/2020) foi eleita no Congresso, realizado no início de abril também em São Paulo.   “Aprovamos o plano de lutas no nosso Congresso, onde a nossa gestão foi eleita. E, agora, no planejamento discutimos as estratégias para a construção prática do nosso plano de lutas a ser efetivado neste triênio em que estaremos à frente da Fenapsi”, frisa a presidenta da Federação, Shirlene Queiroz.  Nova direção da Fenapsi mostra empenho em lutar contra a precarização do trabalho Segundo ela, o trabalho vai precisar de todo o apoio por parte dos sindicatos de base, da categoria e de instituições que visam lutar contra a conjuntura política de retirada de direitos e contra a precarização do trabalho da psicóloga e do psicólogo em todo o País. “Vamos precisar dos nossos sindicatos, fazendo a luta local, nos municípios e nos estados em favor da nossa categoria profissional. E vamos caminhar juntos com entidades que visam lutar contra a precarização do trabalho, já que o momento político, com reformas trabalhista e da Previdência, com terceirização sem limites tende a nos levar para situações de atuação ainda mais precárias. Por isso, é imperioso que façamos a luta com apoio das nossas entidades base e, sobretudo da nossa categoria que deve cada vez mais se unir enquanto classe trabalhadora”, assinala Shirlene.  O planejamento estratégico também abordou questões administrativas da Fenapsi entre outras situações a serem tocadas até o fim do mandato da atual gestão.

Repúdio à ação da Prefeitura e do Governo do Estado de São Paulo na Cracolândia

A Federação Nacional das Psicólogas e dos Psicólogos (Fenapsi) manifesta o seu repúdio e sua posição contrária à ação da Prefeitura e do Governo do Estado de São Paulo na cracolândia A Federação Nacional das Psicólogas e dos Psicólogos (Fenapsi) vem, por meio desta, manifestar o seu repúdio e sua posição contrária à ação do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura Municipal de São Paulo na região da Cracolândia, localizada nas proximidades do Centro paulistano, iniciada no domingo, 21 de maio. A ação violenta, truculenta e opressora vai de encontro aos preceitos que defendemos na área da saúde mental, visando o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e o combate à lógica punitiva, policialesca e manicomial, uma vez que o objetivo da administração municipal – amparada pela estadual – é a adoção do programa Redenção, que prevê internações compulsórias e involuntárias e parcerias com comunidades terapêuticas, representando um verdadeiro retrocesso à luta antimanicomial, que no último 18 de maio completou 30 anos de história no país, celebrando a edição da Carta de Bauru, documento escrito em 1987, que já defendia os princípios internacionais dos direitos humanos na seara da saúde mental. Esse retrocesso foi promovido pela Prefeitura de São Paulo com equipes da Assistência Social e da Saúde e da Guarda Civil Municipal, além de cerca de 900 policiais civis e militares do Estado de São Paulo. Com extrema truculência, os aparatos policiais promoveram uma verdadeira higienização daquela região habitada, há anos, por pessoas usuárias de drogas, com o objetivo de “limpar” a cidade. O prefeito paulistano participou da ação, fez postagem em rede social indicando a utilização de mecanismos de asilamento e encarceramento contra a população que ali residia. “Estamos dando assistência às pessoas que são psicodependentes, acolhida às pessoas em situação de rua e prisão aos traficantes”, afirmou João Dória em sua conta no Twitter, usando a hastag: #SPmaisHumana. A ação do domingo levou aproximadamente 80 pessoas a serem presas, sendo a grande maioria usuária de drogas, evidenciando o seu caráter higienista, marcando a substituição do Programa de Braços Abertos pelo Programa Redenção, projeto à revelia de bases teóricas e da política de redução de danos prevendo internações compulsórias e involuntárias, além de parcerias com comunidades terapêuticas. Tudo isso segue na direção contrária dos preceitos da Carta de Bauru e da Luta Antimanicomial. Vale ressaltar que o Programa Redenção soa como um arremedo do Programa Recomeço, do Governo do Estado de São Paulo, e da própria Operação Sufoco, também do município paulistano. Para a Fenapsi, essas são iniciativas que vão na contramão da defesa dos direitos humanos, de mais recursos para o SUS, de fortalecimento da Raps e pelo fim da lógica manicomial, sendo objetos de veemente repúdio. Uma vez que não há como ter uma #SPmaishumana com tantos ataques a preceitos básicos à política pública da saúde mental e à população usuária desses serviços que não podem ser conduzidos dentro dessa lógica equivocada de total desrespeito aos direitos humanos. Belo Horizonte, 24 de maio de 2017 Direção da Fenapsi